Último ato do PSDB no governo pode ser votação de reforma trabalhista

Um grupo cada vez mais majoritário dentro do PSDB defende que tucanos deixem o governo Michel Temer logo depois da votação da reforma trabalhista na semana que vem, informa o repórter Nilson Klava, da GloboNews.

A tendência ganha força e voz no partido, inclusive, por meio do próprio presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), que, nesta quinta-feira (06), disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem condições de dar estabilidade à travessia. O consenso é de que o governo está cambaleante, muito suscetível ao imponderável.

“São muitos fatos novos. É tudo o que tem acontecido, é acumulativo”, lembrou um tucano.

A tese também começa a ganhar força entre os governadores, que foram determinantes para a decisão dos tucanos de continuar, pelo menos, até o momento, no governo.

“Não podemos entrar na cova junto com Temer. Eu não estou tão adepto ao apoio como semanas atrás”, afirmou um dos seis governadores do partido.

A atitude de Tasso Jereissati ao endurecer o discurso contra o governo não é só uma mensagem para Temer, mas também para o presidente licenciado do partido, senador Aécio Neves (MG).

“Se não aumentar o tom, Aécio assume˜, aconselhavam aliados de Tasso.

A mudança no tom do presidente interino começou logo no almoço da volta de Aécio ao Senado. Lá, Tasso deu o ultimato, disse que não vai aceitar continuar interinamente no comando do partido.

“Você não pode ter dois presidentes, um interino e outro licenciado, cada um com uma posição”, disse um tucano.

A resistência de Aécio em deixar o comando do partido vem incomodando outros senadores do PSDB. “Não caiu a ficha de Aécio, ele quer que o Tasso fique interino para continuar se movimentando nos bastidores, está vendendo o discurso do ‘vamos deixar como está para ver como fica’”, reclamou um senador tucano.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmim, já pensando em 2018, engrossa o coro dos que querem a confirmação de Tasso Jereissati como presidente definitivo do partido.

Uma das alternativas, caso Aécio não renuncie ao posto, pode ser encurtar o alongamento do mandato dele, que foi promovido no ano passado depois de uma aliança improvável entre Aécio Neves e o senador José Serra (PSDB-SP) para evitar nova vitória de Geraldo Alckmin logo após a eleição em em primeiro turno do prefeito paulistano João Dória, afilhado político do governador paulista.

A escolha entre Tasso e Aécio também pode significar para o PSDB ficar ou não no governo.

(Fonte: Gerson Camarotti – G1)

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