Demitidos da refinaria recusam proposta de parcelamento de rescisões

Acabou sem solução a audiência realizada na tarde desta quarta-feira (9) no Ministério Público do Trabalho (MPT) para tentar destravar os pagamentos rescisórios dos mais de mil trabalhadores demitidos das obras da Refinaria Abreu e Lima(Rnest) em dezembro. Revoltados, os trabalhadores recusaram a proposta da Qualiman de parcelar o pagamento em 24 vezes. Mesmo assim, desistiram de fechar o trânsito em protesto como estava sendo discutido.

Na audiência, que contou com a presença de representantes da Qualiman, da Petrobras e do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada de Pernambuco (Sintepav-PE), a Qualiman afirmou que não tem recursos para pagar as verbas rescisóriasdesse pessoal. 

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É que o débito alcança R$ 11 milhões, segundo o MPT, mas a empreiteira tem somente R$ 4 milhões para receber da Petrobras por conta dos serviços realizados nas obras da Unidade de Abatimento de Emissões (Snox) da Rnest. A Qualiman propôs, então, que as rescisões fossem pagas por seus acionistas em 24 parcelas a partir de março. 

"O MPT e o Sintepav-PE não concordaram com a proposta. Foi esgotada a tentativa de negociação. Mas o caso vai seguir judicialmente e o MPT vai continuar lutando para liberar as verbas para os trabalhadores", afirmou a procuradora do trabalho, Gabriela Maciel, contando que vai se posicionar na cautelar que corre na Justiça do Trabalho sobre o assunto. O Sintepav-PE ainda deve propor uma ação principal para tratar do tema no Fórum de Ipojuca.

 

Reprodução: Folha PE

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