PEDIDOS DE APOSENTADORIA DE SERVIDORES CRESCEM 50%

O número de servidores federais civis que pediram aposentadoria entre janeiro e novembro de 2017 aumentou quase 50% (46,7% mais precisamente), para 21.371, na comparação com o mesmo período em 2016, quando 14.563 solicitaram o benefício. Segundo o Ministério do Planejamento, mesmo antes de se computar os pedidos de dezembro, o número de aposentadorias requeridas em 2017 era o maior registrado desde 1998. Para analistas, esse aumento expressivo é reflexo das discussões sobre a reforma da Previdência, mas a idade média do servidor público federal, em torno de 45 anos, também é fator de pressão. Servidores na ativa com mais de 41 anos são 56,5% do total. Segundo o Ministério do Planejamento, "não se pode negar que a proposta de reforma seja motivadora de pedidos de aposentadoria, mas há outros fatores, como idade média elevada dos servidores, o que torna muitos deles aptos a pleitear o benefício". Em 2016, a idade média dos aposentados do setor público federal foi 59 anos. LEIA MAIS Pedidos de aposentadoria de servidores federais sobem 50% 'Perda superior a 1% atingiria 9,5% dos benefícios' Leonardo Rolim, ex-secretário de Políticas de Previdência e atual consultor da Câmara, diz que quase 20% dos servidores federais têm abono de permanência, ou seja, têm o direito a se aposentar, mas continuam trabalhando. Segundo o Ministério do Planejamento, cerca de 210 mil servidores poderão se aposentar nos próximos dez anos. O Poder Executivo tem 1,272 milhão de servidores civis, dos quais 635 mil estão na ativa, número pouco menor que o de aposentados (397 mil) e pensionistas (240 mil) somados. Para o secretário da Previdência Social, Marcelo Caetano, com a versão atual da reforma previdenciária 9,5% dos trabalhadores teriam uma perda de renda superior a 1% em seu benefício de aposentadoria. Ou seja, com os ajustes feitos em dezembro "a população mais carente praticamente não será atingida". Ao Valor, Caetano disse que esse será um dos argumentos para conseguir o apoio dos parlamentares. Além disso, segundo ele, a decisão da S&P de rebaixar a nota do Brasil ajuda a reforçar o discurso sobre a necessidade de mudanças nas regras previdenciárias.

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