Cúpula volta a falar em ‘luta nas ruas’
A cúpula petista voltou a falar sobre “resistência” e “luta nas ruas” dias após a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, declarar que “para prender Lula vai ter que matar gente”, e o líder do partido no Senado, Lindbergh Farias, dizer que não é hora para “uma esquerda frouxa”.
“Eles mexeram num vespeiro”, disse Gleisi ontem, em Porto Alegre, “Se eles queriam fazer enfrentamento político, deram a largada.”
Para a dirigente partidária, o Brasil está numa “bifurcação histórica”. “Ou a gente enfrenta este processo, mostra que vai ter resistência neste país, ou eles vão passar por cima de nós.”
Pouco antes, Lindbergh havia dito a estudantes que, se a Justiça mostrou ter lado, era preciso entender que “só a luta institucional não vai nos levar a lugar nenhum”.
O Partido dos Socialistas Europeus (PES, na sigla em inglês), que congrega várias legendas de orientação centro-esquerdista em diferentes países da Europa e de outras regiões e é um dos grupos que compõem o Parlamento Europeu, manifestou ontem “crescente preocupação” com o julgamento de Lula.
“Há uma crescente preocupação no PES em relação a sinais de interferência política no julgamento do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva”, afirma o partido em nota. "O PES espera que a Corte Federal de Apelações (no caso, o TRF-4) descarte as evidências já comprometidas. Qualquer decisão diferente disso confirmaria nossos piores temores sobre a politização da Justiça no Brasil.”
Ontem, a presidente cassada Dilma Rousseff comparou as discussões sobre um possível plano B à pré-candidatura do ex-presidente Lula aos pedidos pela sua renúncia, quando ainda estava no poder. Segundo Dilma, nos dois casos, o que está por trás é uma tentativa de legitimar o “golpe”. (Da redação com agências)
Fonte: Diario de Pernambuco