Candidatos ao governo de Pernambuco participam de debate, dentre os temas levantados estavam os investimentos no Porto de Suape

Quatro candidatos ao governo de Pernambuco participam de debate

Eles responderam a perguntas feitas por adversários e jornalistas da Rádio Jornal, no Recife, nesta terça-feira (28).

Por G1 PE

uatro candidatos ao governo do estado de Pernambuco participaram, na manhã desta terça-feira (28), do primeiro debate realizado pela Rádio Jornal, no Recife. Estiveram presentes Armando Monteiro(PTB), Dani Portela (PSOL), Maurício Rands (Pros) e Paulo Câmara (PSB). (Veja vídeo acima)

Pernambuco tem, ao todo, sete concorrentes ao governo. Segundo os organizadores do debate, foram convidados os canditados que integram partidos políticos com, no mínimo, cinco parlamentares no Congresso Nacional.

O debate foi dividido em quatro blocos:

 

  • Primeiro bloco: apresentação dos candidatos e perguntas entre os opositores.
  • Segundo bloco: perguntas de jornalistas da Rádio Jornal.
  • Terceiro bloco: perguntas entre candidatos.
  • Quarto bloco: perguntas de jornalistas da Rádio Jornal e considerações finais.

 

Candidatos ao governo de Pernambuco participaram de debate na Rádio Jornal, no Recife (Foto: Antônio Henrique/TV Globo)

Candidatos ao governo de Pernambuco participaram de debate na Rádio Jornal, no Recife (Foto: Antônio Henrique/TV Globo)

Candidatos ao governo de Pernambuco participaram de debate na Rádio Jornal, no Recife (Foto: Antônio Henrique/TV Globo)

No primeiro bloco, cada candidato respondeu à mesma pergunta: "Por que eu quero ser candidato a governador de Pernambuco?"

Primeiro a responder, Maurício Rands (Pros), explicou o que o motivou a se lançar na disputa. "Quero governar o meu estado, porque gosto de gente, porque construí em 30 anos de vida pública, profissional e acadêmica, a capacidade de fazer Pernambuco avançar. Queremos um Pernambuco emancipado da burocracia, da corrupção, da casa grande, das difíceis condições de saúde, educação e mobilidade. Queremos um Pernambuco que volte a crescer com inclusão social. Nós montamos uma coligação pequena com o Pros, um partido novo que está surgindo, com o PDT e com o Avante. Uma coligação que apresenta na chapa dois homens e duas mulheres, eu candidato a governador, Isabela de Roldão candidata a vice, e Silvio Costa e Lídia Brunes candidatos ao Senado, para mudar Pernambuco."

Na sequência, Dani Portela (PSOL) apresentou as razões que a levaram a concorrer ao cargo. "[Sou] candidata a governadora pelo PSOL, o partido do solzinho, de Marielle Franco. Em nome dessa flor que nos foi tirada, nós estamos aqui para lançar a nossa candidatura. Como advogada, tenho viajado esse estado inteiro e como professora, também. Tenho visto o descontentamento [da população], as pessoas estão incrédulas. Nós temos 12 anos do governo do PSB, e todos os que estão aqui [os demais candidatos] já foram governo antes em algum momento e eu sou a única que nunca foi governo. […] A gente precisa governar de mão dadas com o povo, pelo poder popular, por mais justiça social, e é em nome disso que nós queremos um Pernambuco independente para todas e todos."

Paulo Câmara (PSB), atual governador, defendeu a gestão e a continuidade. "A gente teve a capacidade e a determinação nos últimos anos de governar esse estado. Governamos em um momento de muita dificuldade: a maior crise que esse Brasil já viu e questões estruturadoras também, como a maior seca da história. Mesmo assim, tivemos a capacidade de transformar Pernambuco em um estado eficiente, com educação pública de qualidade. Sabemos que temos muito o que fazer, os próximos anos vão continuar a ser desafiadores. Nós temos um governo que faz as entregas, que ouve a população, que percorre todas as regiões do estado, ouvindo, planejando, priorizando aquilo que é importante. E vamos ter em 2019 oportunidade de ter o presidente Lula governando o Brasil para voltar a crescer muito, diferente da forma que hoje é administrado pelo presidente Temer e seus aliados."

Armando Monteiro (PTB) foi o último a participar da abertura do debate. "Nesse momento, nenhum pernambucano pode se omitir. Eu pretendo reunir e juntar Pernambuco, promover uma grande união. Por isso, atendi a uma convocação de uma ampla frente política, porque Pernambuco precisa resgatar o seu papel nos cenários nacional e regional. É preciso devolver a esperança aos pernambucanos. […] Grande parte dos avanços que fizemos de 1998 até 2014 foi praticamente anulada nos últimos anos. O povo de Pernambuco sabe que a eleição de 2014 se revestiu, claramente, de um caráter de homenagem ao ex-governador Eduardo Campos, uma homenagem justa, mas a partir daí, infelizmente, Pernambuco viveu um grave retrocesso."

 

Segundo, terceiro e quarto blocos

 

No segundo bloco, jornalistas da emissora fizeram os questionamentos para cada candidato. Os temas das perguntas foram: recuperação da BR-232 e segurança na rodovia; investimentos em saúde; combate à violência contra a mulher e investimentos no Porto de Suape.

No terceiro bloco, os candidatos voltaram a fazer perguntas entre si. No último, profissionais da Rádio Jornal fizeram outros questionamentos, agora com os seguintes temas: mortalidade infantil, sistema prisional, cumprimento de promessas da campanha passada e a criação de uma moeda comunitária.

 

Considerações finais

 

Ao final, no quarto bloco, cada candidato teve oportunidade de fazer as considerações finais.

Amando Monteiro ressaltou a importância do encontro. "Debate é sempre um grande momento na sociedade, onde se discute os temas que interessam ao cidadão eleitor. Um debate que possa ser feito de maneira honesta, um governo honesto começa com um debate honesto, não sair do prumo, não falsear, não mentir e não fazer falsas promessas. Eu entendo que Pernambuco tem todas as condições de se recuperar e resgatar a esperança. [Somos] um povo trabalhador, empreendedor e, para isso, é preciso um governo. O que tem faltado a Pernambuco é governo, um governo que olhe para os mais carentes, que faça na saúde um atendimento digno, humanizado, que restaure a autoridade, que atue na questão do combate à criminalidade sem tréguas e que possa olha o micro e pequeno empreendor, porque esse é que gera empregos. Por tudo isso, nós temos muita confiança que Pernambuco vai fazer a escolha por um novo caminho."

Maurício Rands defendeu o seu nome na disputa. "Esse debate mostrou que a minha é a candidatura da esperança, da inovação, da reconstrução da politica e da mudança dos métodos de governar, desde a construção da candidatura. Nós fazemos um programa de governo colaborativo, você que nos ouviu até agora pode entrar na plataforma rands90.com.br e opinar quais os problemas que você quer solucionados na sua região, para seu setor específico. Volto a Pernambuco, à política, pra trazer a minha experiência que tive pra ajudar o estado a se recosntruir. Ficou claro que se você está satisfeito com o presente, fica com atual governo. Se quer uma oposição de esquerda, vota em Maurício Rands."

Paulo Câmara falou sobre compromissos. "Vamos continuar trabalhando por uma educação de qualidade, melhorando, sendo uma referência no Brasil. Continuaremos a diminuir a violência, como nós estamos fazendo no ano de 2018, com ações que façam acontecer prisões de homicidas e de traficantes de drogas. Ampliaremos os serviços de saúde, como nós estamos trabalhando muito e buscando ser eficientes. Fazer mais com menos, ao mesmo tempo, concluir as obras que a crise não deixou, Devolveremos os empregos que essa crise também tirou, criando um grande pacto pelo emprego na mesma forma que nós fazemos nas outras áreas, e criar no ano que vem programas de assistência, de transferência de renda, programas que possam dar aos que mais precisam um 13° do bolsa família. Pernambuco não pode andar para trás, Pernambuco é um estado de vanguarda que nasceu para estar na frente e nós estamos trabalhando muito para Pernambuco ficar na frente."

Dani Portela, que foi a última a falar, avaliou o quadro político. "Pernambuco já vem sendo governado pelo mesmo grupo há 12 anos. Então, 2018 é um ano crucial, que exige que as pessoas tenham lado. E o nosso lado sempre foi do lado do trabalhador. O PSOL é um partido de esquerda e que estava do lado de Lula, do lado de Dilma, na hora que outras pessoas se retiraram, nas horas mais difíceis, e a gente não fica puxando isso como uma bandeira. Serei a governadora do cooperativismo, pois acreditamos que é a forma de ser mais inclusiva, participativa, gerar emprego e renda, Pernambuco com esperança, sem medo de mudar Pernambuco, com participação popular, inclusão social e com as mulheres no centro dessa mudança."

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