Empresa SIMISA no Cabo de Santo Agostinho pode decretar fechamento a qualquer momento

Em reunião com o Sindmetal-PE e a empresa SIMISA na última segunda-feira (13/02) em São Paulo, com a participação do presidente do Sindicato Henrique Gomes; o advogado Sandro Valongueiro e os dirigentes sindicais Samuel Francisco e Patrick Alves, além do dono da SIMISA, Adelino Simioni e seu corpo jurídico. Adelino formalizou o fechamento da unidade da SIMISA, localizada em Pontezinha no Cabo de Santo Agostinho, o mais rápido possível, segundo ele, não é mais viável e muito menos rentável permanecer com a fábrica no local.

O Sindmetal-PE então realizou uma assembleia na última terça-feira (14/02), com os trabalhadores para passar todas as informações sobre essa situação, uma vez que a empresa se encontra em recuperação judicial desde 2014, e ao longo desses anos a empresa cortou vários benefícios dos trabalhadores, e ainda atrasava constantemente os salários, nas quinzenas e nos finais dos meses.

É importante destacar que o Sindicato já vinha realizando várias mobilizações exigindo que a empresa cumprisse com suas obrigações.

Na ocasião foi eleita uma comissão de trabalhadores para anteciparem as discussões necessárias, para que assim que a SIMISA oficializar em documento o fechamento da unidade, analisarem as opções e chegarem ao um acordo sobre o decreto de falência, já que ela não vinha cumprindo com suas obrigações como não pagamento do FGTS e parcelas em atrasos dos acordos de rescisões trabalhistas.

O presidente do Sindicato Henrique Gomes expressou com muita tristeza e insatisfação e destacou que é muito triste a empresa chegar nessa situação, uma vez que os trabalhadores abriram mãos de vários direitos e benefícios ao longo da recuperação judicial, apostando que a empresa iria se recuperar, para voltar a produzir normalmente, e garantir o emprego de centenas de trabalhadores. Mas receberam de surpresa a notícia que a qualquer momento a empresa oficializará as demissões com o fechamento da unidade.

Henrique Gomes finalizou dizendo que o Sindicato não aceitou a primeira proposta colocada em reunião pela empresa, para dividir em 50 meses os pagamentos das parcelas das rescisões de contrato, e reforçou que caso tenha qualquer acordo, o sindicato pedirá judicialmente as garantias do terreno (galpão) e de todos os maquinários que encontra-se dentro da empresa e que também impedirá qualquer tentativa de retirada dos maquinários sem o consentimento e autorização do Juiz.

Só a luta constrói

 

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