Metalúrgicos participam do primeiro Curso de Formação Sindical voltado para a categoria

O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco tem investido na qualificação dos diretores que estão à frente da instituição para que, assim, eles possam atuar de forma mais efetiva no chão das fábricas. Para isso, realizou pela primeira vez o Curso de Formação Sindical, com a diretoria recém-empossada, com mandato até 2021. Quem facilitou o curso foi o sociólogo e educador popular Antenor Lima, com uma aula forte e emocionante, que prendeu a atenção dos presentes do começo ao fim. O evento aconteceu durante todo o dia 12 de agosto, no Centro de Formação e Lazer do Sindsprev, na Guabiraba e contou com a participação de mais de 60 pessoas.

Por meio de um diálogo participativo e animado, Antenor Lima explicou como se formaram as estruturas da sociedade tal como a vivemos hoje, desde os primórdios da humanidade até os dias atuais. Também explanou sobre o capitalismo, as lutas de classe e como a luta sindical pode atuar fortemente para mudar realidades no Brasil. “O ser humano é um animal social. Só se torna humano, porque a gente vive em contato com outros seres humanos. E isso deveria justificar a união do povo um pelo outro. Mas 80% da população brasileira não está ligada a nenhuma organização social”, ressaltou, durante a palestra.

Ele citou exemplos práticos, além de indicar livros e falar sobre a atual realidade econômica e política do Brasil. “É um curso interessante demais e muito importante para que nós tenhamos uma noção de coletividade e de como contribuir na luta sindical. É um aprendizado que devemos e vamos levar para o chão da fábrica, para o nosso dia a dia e para os trabalhadores. Oportunidade única, que lá atrás não existia, mas que hoje podemos proporcionar aos nossos diretores”, ressaltou Henrique Gomes, presidente do Sindmetal de Pernambuco.

Ao final, os participantes do curso puderam opinar e sugerir novos métodos de como agir para alcançar os metalúrgicos e como passar a mensagem necessária para a sociedade, principalmente, sobre as reformas que vão atingir gravemente os trabalhadores, com a retirada de direitos trabalhista nunca antes vista neste país. Entre as sugestões, a criação de uma rádio voltada para a categoria, material gráfico dinâmico e envolver na luta outras instituições sociais que formam a sociedade. De forma muito emocionante, todos gritaram juntos “Fora Temer” e pediram por “Diretas Já”. “Precisamos ocupar as ruas, conversar com as pessoas, com lideranças de comunidades, de igrejas… Precisamos alcançar as pessoas para que elas saibam o que está acontecendo e possam reagir”, ressaltou André Campos, diretor do setor jurídico e participante do curso.

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