Luta e resistência no Dia 1° de Maio no Recife

Na manhã do dia 1º de maio , a  CUT, CTB, Conlutas, Intersindical e movimentos sociais se reuniram na Praça Oswaldo Cruz, bairro da Boa Vista, no Recife,  para o ato público que marcou as comemorações do Dia do Trabalhador. As  reformas trabalhista e da Previdência, que tramitam no Congresso Nacional, além dos ataques à classe trabalhadora do governo ilegítimo de Temer foram os principais temas dos discursos. Cerca de duas mil pessoas participaram do movimento, entre trabalhadores, trabalhadoras, representações populares, estudantis e feministas. A concentração começou pouco depois das 10h e segundo os sindicalistas, outras manifestações foram realizadas em outras cidades de Pernambuco.

Os representantes das centrais sindicais discursaram e contaram com apoio de um trio elétrico. Até as 11h, a caminhada seguiu pela Avenida Conde da Boa Vista rumo à Praça do Derby, na área central da cidade. Durante o percurso, os  manifestantes criticaram os deputados federais da bancada de Pernambuco que votaram a favor das reformas. Também exibiram faixas, cartazes e banners de "Fora Temer", contra o presidente da República. Eles  chegaram ao local por volta das 11h50, onde fizeram novo ato público.

De acordo com o presidente estadual da CUT, Carlos Veras, os protestos de sexta-feira (28) e o desta segunda têm como objetivo pressionar deputados federais e senadores. Segundo ele, a paralisação mostrou apoio popular e reprovação da sociedade contra as "reformas" da Previdência e trabalhista. "Estamos na resistência e temos de continuar. Vamos ocupar Brasília e não permitir que haja votação de retirada de direitos”, comentou.    

O vice-presidente da CUT, Paulo Rocha destacou que o dia 1º de maio foi a continuidade da luta do dia 28. “Nós temos pessoas para ocupar Brasília de forma permanente durante todo o período da votação da Previdência”, enfatizou. Durante o ato deste 1º de Maio, no Recife, Rocha, declarou que as centrais sindicais e os movimentos sociais se reunirão para discutir os próximos passos das mobilizações. As alternativas são uma marcha de 100 mil pessoas até a capital federal ou uma nova Greve Geral. Também é possível que ambas as ações aconteçam

A representante da Marcha Mundial das Mulheres, Silvana Crisostomo, disse também que as mulheres não irão aceitar as reformas. “Ou param as reformas ou nós iremos parar de novo o Brasil inteiro. Seguiremos em marcha”, declarou.

Outros sindicalistas afirmaram que não vão deixar passar os projetos, que representam o ‘desmonte da Previdência’. “Enquanto houver ataque  aos direitos da classe trabalhadora, estaremos nas ruas, na luta e  resistência”, pontuaram.

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