Pernambuco terá 50 projetos no leilão de energia

Placas de energia solar instaladas para gerar eletricidade. Foto: Soninha Vill/ GIZ

 

Para o próximo leilão de geração de Energia Nova A-4, a ser realizado no dia 4 de abril deste ano, serão negociados contratos de quatro fontes renováveis: eólica, solar fotovoltaica, hidrelétrica e térmelétrica a biomassa. Através da definição anunciada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), divulgada no Diário Oficial da União da última segunda-feira (15), o início do suprimento está estabelecido para o dia 1° de janeiro de 2022. Em Pernambuco, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) recebeu a inscrição de 50 projetos, sendo 38 da fonte solar, com capacidade de oferta em 1.123 Megawatts (MW), e 12 da fonte eólica, com oferta de 347 MW.

Ao total, foram cadastrados 1.672 projetos incluindo todas as fontes definidas, um número um pouco menor que no certame de Energia Nova anterior, que aconteceu no mês de dezembro e registrou 1.676 projetos. Nesse último, Pernambuco apontou 62 empreendimentos inscritos. “Os projetos deste próximo leilão estão em fase de análise técnica pela EPE. O número de cadastrados é grande, consideramos que estamos com bastantes projetos”, disse o consultor técnico da EPE, Thiago Teixeira, acrescentando que no próximo certame, as inscrições registraram uma oferta total de 48.713 MW.

De acordo com o MME, a sistemática do leilão será a mesma aplicada no anterior. No processo, estão definidas duas fases de realização. “As distribuidoras informam ao MME a demanda de energia elétrica. Assim, a primeira é de disputa do ponto de conexão, considerando o escoamento do insumo. E a segunda é o leilão propriamente dito”, explicou Teixeira, complementando que as fontes não competem entre si, cada uma tem seus empreendimentos determinados separadamente. O órgão não anuncia quanto será leiloado e o critério de seleção para segunda etapa é por menor preço, com produtos diferentes em cada fonte de energia.

Entre as fontes, foi determinado que a geração oriunda das hidrelétricas deve ter suprimento de trinta anos. Os empreendimentos das outras fontes tem prazo de suprimento de vinte anos. Os projetos eólicos apresentaram 931 cadastros, os solares 620, as hidrelétricas 93 e as termelétricas a biomassa, 28. O MME informou que em relação aos futuros leilões, pretende-se avançar nas análises para que o contrato das fontes renováveis seja através de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR) na modalidade por quantidade.

Segundo a pasta, dessa forma os riscos são assumidos pelos geradores de energia elétrica, sendo capaz de contribuir para uma melhor comparação entre os preços das fontes.

 

Fonte: Folha de Pernambuco

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