8 de março: Dia Internacional da mulher é todo dia
Todos os dias são oportunidades para celebrar as realizações das mulheres, e o Dia Internacional da Mulher é um lembrete especial disso. No Sindmetal-PE, nos orgulhamos não apenas do dia 8 de março, mas de cada vitória alcançada ao longo de décadas.
Este ano, direcionamos nossa atenção ao enfrentamento do feminicídio e do trans feminicídio. Reconhecemos a importância de abordar essas questões e estamos comprometidos em contribuir para a conscientização e a promoção de mudanças significativas.
O Dia Internacional da Mulher é mais do que uma data no calendário; é um lembrete constante da necessidade contínua de apoiar e lutar pelos direitos das mulheres. Celebramos não apenas as conquistas do passado, mas também olhamos para o futuro, comprometendo-nos a construir um mundo onde todas as mulheres possam viver livres de violência e discriminação.
Juntos, continuamos a trabalhar para criar uma sociedade mais igualitária e justa, onde cada mulher se sinta valorizada, respeitada e capacitada. O Sindmetal-PE está dedicado a esse propósito todos os dias do ano.
Violência contra mulher: como identificar
Violência contra a mulher é um conceito para definir diferentes tipos de violência sofridos por mulheres porque são mulheres, o que inclui desde assédio moral até feminicídio. É uma forma de violência de gênero, que caracteriza agressões contra mulheres, transexuais, travestis e homossexuais. Independentemente do tipo de violência cometido, os direitos humanos da mulher e sua integridade física, psicológica e moral são desrespeitados.
Mais de 47 mil casos de violência contra as mulheres foram registrados em Pernambuco, entre janeiro e novembro de 2023.
Violência psicológica
São atos e falas que desequilibram a mulher emocional e psicologicamente. Diminuir a sua auto-estima, controlar o que ela faz, com quem faz ou deixou de fazer. Controlar suas decisões, de modo a proibi-la de estudar, seguir carreira profissional e adquirir independência financeira. A imposição sobre as decisões da mulher pode acontecer por meio de discursos carinhosos, mas também por meio de humilhação, isolamento, ameaças, vigilância constante, chantagens, ofensas, ou seja, atitudes que prejudicam a saúde mental da mulher.
Violência física
Qualquer ato que reprima a mulher, utilizando a força física. Os tipos de violência física variam entre puxões de braço, de cabelo, empurrões e até socos e espancamentos. Pode sofrer hematomas, ter ossos quebrados, fraturas, sangramentos internos, perda do filho, em casos de gravidez e até causar a sua morte.
Violência sexual
Atos ou tentativas de relação sexual sem o consentimento da mulher, normalmente feitos de formas violentas ou sob coação. Violência sexual é abuso, assédio e estupro. Pode ser cometida tanto por pessoas desconhecidas como por pessoas conhecidas. Os atos englobam quaisquer tipos de relação sexual até, por exemplo, proibir a mulher de utilizar anticoncepcionais, não utilizar contraceptivos contra a vontade dela, obrigá-la ou impedi-la de abortar.
Violência patrimonial
A violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
Violência moral
A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. Neste caso, utiliza-se de meios que afetem a própria reputação da pessoa como forma de reduzir sua credibilidade, dificultando o acesso aos meios necessários para sair de uma situação de abuso, seja no trabalho, na rua ou até mesmo na sua casa.
Feminicídio
É o homicídio contra uma mulher porque ela é mulher. É considerado feminicídio o crime em que estiver envolvida a violência familiar e doméstica; o menosprezo e a discriminação à condição de mulher. Isso porque 35% dos homicídios de mulheres no mundo são cometidos por seus parceiros, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A lei 13.104, mais conhecida como Lei do Feminicídio, considera crime hediondo, ou seja, o Estado entende como um crime grave e cruel. A lei tipifica de um crime de discriminação, de preconceito e menosprezo da condição feminina.
No primeiro semestre de 2023, 722 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, o que representa em média quatro assassinatos por dia, um crescimento de 2,6% comparado ao mesmo período do ano de 2022, quando 704 mulheres foram assassinadas por razões de gênero. De acordo com o levantamento, 62% das vítimas de feminicídio no Brasil são negras. Quando se analisa as vítimas de outros tipos de assassinatos violentos, esse índice passa dos 70%.
O número de mulheres negras mortas aumentou em 45%, enquanto que, no que diz respeito às mortes de mulheres brancas, ocorreu uma redução de 33%. Segundo Dani Portela, o Recife é uma cidade ainda mais violenta de se viver se os dados se referirem às mulheres trans”, os números de feminicídio comprovam, o Brasil é o quinto país mais violento do mundo para as mulheres viverem
Rede de apoio
Ligue para o número 180. Esse é o primeiro passo. Por meio desse canal, criado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, o denunciante ou a própria vítima receberá orientações sobre onde buscar apoio por perto, além de obter informações sobre os passos que devem ser tomados para solucionar o problema. O serviço é gratuito, como qualquer serviço de emergência e urgência, e funciona 24 horas em todos os dias da semana.
Existem também outras linhas telefônicas competentes, como Polícia Militar, Polícia Civil ou Secretaria de Direitos Humanos, o disque 100.
Fala do presidente- Henrique Gomes
O presidente do Sindmetal-PE Henrique Gomes, em nome de toda a diretoria do Sindicato parabeniza todas as mulheres, em especial as da categoria metalúrgica pelo seu dia, e ressalta que a união, a força e a determinação das mulheres nas lutas do sindicato são fundamentais para que conquistemos as vitórias que tanto buscamos. Parabéns mulheres pelo seu dia, mas nunca se esqueçam de que são seus também os outros 365 dias do ano!
Fala da secretária da Mulher – Jessica Alves
É necessário o poder político das mulheres nos mais diversos segmentos, seja na universidade, nos partidos políticos, nas gestões públicas ou privadas, nas casas legislativas, no judiciário, nas entidades e movimentos sociais, sindicais, etc., carecendo de uma intensificação desse poder, para que essas contribuam para o enfrentamento de todas as formas de violência, para a garantia dos direitos sexuais e direitos reprodutivos, para o combate a todas as formas de racismo, LGBTfobia e intolerância religiosa, para a prevenção, denúncia e punição de crimes de qualquer tipo de violência de gênero, para a promoção da imagem da mulher real pelos mais diferentes meios. Não se trata apenas de preencher cotas de gênero, mas de garantir que as vozes, preocupações e perspectivas das mulheres sejam ouvidas e consideradas nas políticas públicas, inclusive, que seus direitos sejam defendidos, portanto, o voto de todas(os), em mulheres e políticos que realmente demostre com ações aliados das mulheres no enfrentamento a violência. Vamos refletir bem, nosso voto é um instrumento fundamental neste combate. Reflexão que se demonstra aqui, indica que a participação efetiva da mulher na política é essencial, e já restou comprovada eficiente para influenciar positivamente nas decisões que abrangem as questões sociais, políticas, ambientais, econômicas e culturais, atingindo diretamente a vida do povo e garantindo maior igualdade.
Não se trata apenas de preencher cotas de gênero, mas de garantir que as vozes, preocupações e perspectivas das mulheres que sejam ouvidas e consideradas, inclusive, que seus direitos sejam defendidos, portanto, o voto de todas(os) é muito importante para se construir uma sociedade mais justa e igualitária.